Em todo o mundo, cerca de 1,4 bilhão de adultos são considerados insuficientemente ativos, e alarmantes estatísticas mostram que uma em cada três mulheres e um em cada quatro homens não praticam atividade física adequada. Desde 2001, não houve avanços significativos nos níveis de atividade física, sendo que os países de alta renda apresentam uma taxa de inatividade duas vezes maior do que os países de baixa renda.
Consciente do impacto negativo da inatividade física, em 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um plano de ação global com o objetivo ambicioso de reduzir a inatividade física em 15% até 2030. Através da promoção da atividade física e incentivo à prática regular de exercícios, a OMS busca otimizar os benefícios da atividade física, prevenindo e controlando doenças não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, câncer, além de aprimorar o bem-estar físico e mental geral, melhorar a capacidade cognitiva e assegurar um crescimento e desenvolvimento saudável.
Embora os inúmeros benefícios da atividade física para o bem-estar geral sejam amplamente reconhecidos, ainda há lacunas em pesquisas que analisem como essa prática afeta diretamente o desempenho no trabalho e a saúde dos trabalhadores. Esse aspecto é ainda mais relevante em um cenário de emergência de novos modelos de trabalho, com maior flexibilidade e conformidade, que tendem a gerar mais horas sedentárias e menos movimento, especialmente em situações em que não é mais necessário se deslocar para o trabalho ou caminhar entre reuniões.
A Influência da Atividade Física no Desempenho Profissional
Levando em conta que a maior parte do nosso tempo é gasto trabalhando, uma pesquisa realizada pela Harvard Business Review buscou identificar princípios importantes relacionando à atividade física com o desempenho e vida profissional.
A pesquisa envolveu aproximadamente 200 funcionários do Reino Unido e da China procurou obter dados sobre atividade física por meio de dispositivos vestíveis inteligentes, bem como informações autorrelatadas pelos próprios trabalhadores e seus supervisores. A análise dos resultados trouxe alguns relevantes sobre a relação entre a atividade física diária e seu impacto nos funcionários e nas organizações: 1. A importância da motivação: Foi constatado que a motivação gerou um papel crucial na prática regular da atividade física. A autonomia individual, que reflete o grau de autodeterminação de uma pessoa para se envolver em uma atividade, mostrou ser um fator determinante. Os indivíduos que se sentem mais autônomos em relação à atividade física, ou seja, que a veem como uma atividade prazerosa e divertida, em vez de algo a ser evitado, têm maior probabilidade de se envolver em práticas físicas. 2.
Despertando a Mudança para uma Vida Mais Ativa
É importante compreender que os benefícios da atividade física no ambiente de trabalho podem levar algum tempo para serem percebidos. Nossa pesquisa revela que os efeitos benéficos da atividade física se refletem no desempenho das tarefas do dia seguinte, na criatividade e nos sintomas de saúde.
Por isso, independentemente de você ser altamente motivado ou não para atividades físicas, a chave é adotar um estilo de vida mais ativo. Concentre-se em formar novos hábitos saudáveis gradualmente, pois a persistência é essencial para colher os resultados benéficos da atividade física. Lembre-se de que mesmo uma atividade física moderada e curtos períodos de exercício diário (como 20 minutos) podem gerar recursos valiosos para o desempenho e saúde no trabalho.
Portanto, se você busca aprimorar seu desempenho profissional, esforce-se para incluir mais atividade física em sua rotina diária. Seu corpo e mente agradecerão, recompensando-o com mais energia, melhor foco nas tarefas e maior criatividade, contribuindo para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
Fonte:
https://hbr.org/2023/05/to-improve-your-work-performance-get-some-exercise
